12 de dezembro de 2016
Sob a lua vagueia -
Sob a Lua vagueia estranha corte,
heróis em armas, pálidos aedos,
brancas donzelas saltam do arvoredo
e, em fúria, os lobos uivam para a morte.
“Quem sois, visões etéreas sob olmedos?” –
no campo lhes gritei em meu transporte –
“Conduzireis aonde o altivo porte?”
Silêncio… e o vento canta nos rochedos.
E quis me aproximar, seguir meu fado,
então um velho rei paramentado
bradou: “Somos o exército dos sonhos,
afastai-vos, mortal, pela outra via!”
– “Mas no altar eu comungo da Poesia!”,
disse, e o rei acedeu co’o olhar tristonho.